Fúria de Alma
Não sabia mais o que fazer parar tirar aquele peso do seu âmago.
Procurara psicólogos de diversas formações, os quais gastavam suas teorias de forma vã. Psiquiatras receitavam um arco-íris de tarjas para tentar resolver aquele problema que não estava contido nos mais renomados livros baseados no empirismo e nas diversas suposições.
Padres benziam, pastores tentavam expulsar supostos demônios, monges, gurus, mães-de-santo, ciganas, bruxas: nada.
Buscou diversos autores nas infinitas prateleiras das bibliotecas e das livrarias. O oriente e o ocidente não possuíam a solução para sua inquietação. Não sabia mais o que fazer.
Pensou em partir, não para a Inglaterra, Rússia ou coisa do tipo, mas partir para um lugar que nenhum homem conhece.
Decidido, pegou um lápis e pensou em deixar seu adeus para quem se importasse com sua partida. Uma, duas, três páginas escritas. Centenas de lágrimas.
Sentia um alívio finalmente.
A necessidade de exteriorizar os sentidos era maior que sua compreensão.
Decidiu ficar.