[Poema sem Título]
(Bardo Imberbe)
O teto, iluminado de amarelo,
Vê-se manchado por sombras dançantes.
O aroma de incenso;
O sabor de café forte;
Um vento frio entra,
Sem ser convidado,
Bem-vindo
Tão armada,
A existência não é capaz de se despir.
Em suas rachaduras,
Caleidoscopicamente,
Fragmenta a luz:
Inunda de cores um entorno sóbrio;
Miragens de um ser fractal.
Alma fluida toma forma em feixes retilíneos
E se desmancha entre instantes
Transbordando essência Indomável
Vibra,
Mas não ressoa.
Harmonia ancestral,
Visceral por definição,
Satura, mas não completa
Quanto cabe onde tormentas tão contidas já passaram?